Engenharia 360

Teste avalia náusea nos passageiros de carros autônomos

Engenharia 360
por Kamila Jessie
| 02/10/2019 | Atualizado em 30/06/2022 2 min

Teste avalia náusea nos passageiros de carros autônomos

por Kamila Jessie | 02/10/2019 | Atualizado em 30/06/2022
Engenharia 360

A gente fala bastante sobre direção autônoma por aqui e todos os seus benefícios, principalmente voltados para o ganho de tempo de quem estaria dirigindo. Mas e se você ficar enjoado?

Náusea em meios de transporte

A náusea tende a surgir quando você é passageiro, e não
motorista, e quando está envolvido em algo diferente de olhar pela janela, por
exemplo, lendo ou usando um dispositivo portátil. Quem fica nauseado nessas situações
deve perder alguns dos principais benefícios da tecnologia de direção autônoma.

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Os fatores que causam enjoo nos carros não são bem
conhecidos hoje. Poucos estudos foram realizados em carros; em vez disso, muito
do trabalho já desenvolvido foi elaborado para tratar de náusea de passageiro em
meios de transporte marítimo e aéreo, realizados em simuladores de direção ou
em plataformas de movimento. Daí pesquisadores de universidades resolveram desenvolver um banco de ensaios para
averiguar o papel de veículos autônomos na náusea de quem está sendo conduzido.

Essa metodologia não existia antes. O estudo é o primeiro a
realizar uma comparação em larga escala do desempenho das tarefas de leitura e
dos níveis de aceleração urbana na resposta à náusea em um veículo com passageiros.

O protocolo está disponível aqui.

náusea
Imagem: University of Michigan

Protocolo de testes

O protocolo consiste em um test drive de 20 minutos desenvolvido com base nos dados de um estudo de condução real, feito separada. Em média, inclui 25 eventos de frenagem, 45 curvas à esquerda e 30 curvas à direita, e é realizado a 10-15 mph e 20-25 mph.

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Paralelamente, o protocolo inclui tarefas a serem realizadas
em um mini iPad portátil. A cada velocidade, os passageiros concluem o test
drive uma vez sem tarefa e, novamente, enquanto executam uma tarefa. Usando
resenhas de restaurantes, notícias e mapas locais, os participantes respondem a
uma série de perguntas que envolvem compreensão de leitura, pesquisa visual,
entrada de texto e reconhecimento de padrões.

Diante desta atividade, sensores registram a aceleração do
veículo e a localização geoespacial e a resposta fisiológica do participante,
incluindo suor, temperatura da pele e frequência cardíaca. Câmeras e sensores
também detectam e registram o movimento e a postura da cabeça do passageiro. E,
claro, o protocolo inclui uma classificação de náusea, de 0 a 10.

O vídeo abaixo mostra o estudo conduzido (trocadilho
intencional) na Universidade de Michigan.

Utilização do protocolo

A elaboração da metodologia de avaliação da náusea de
passageiros em veículos autônomos determinou preliminarmente que as respostas
dos passageiros são complicadas e têm muitas dimensões. Com isso, espera-se que
o protocolo seja aproveitado e que as aplicações desta plataforma de teste
resultem nos dados necessários para identificar medidas preventivas e aliviar a
doença de movimento em veículos autônomos.

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Fonte: Techxplore.

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Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

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